Um projeto desenvolvido por aluno do curso superior tecnológico de manutenção industrial da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Tatuí está auxiliando no tratamento de pessoas com paralisia e mobilidade reduzida, na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município (veja o vídeo em
O Sistema de Suspensão para Treino Locomotor é um equipamento semelhante a uma esteira de academia, com suportes que auxiliam nos exercícios para fortalecer a musculatura e coordenação motora de pacientes com diversos tipos de limitação de movimentos. Não existem modelos similares fabricados no Brasil.
“Nosso principal diferencial em relação ao que se produz fora do País é a possibilidade de avaliar a evolução do paciente por meio de um sistema de medição da massa corpórea”, explica Marcelo Simonetti, professor do curso que orientou o projeto. “Desta forma, os profissionais que cuidam da fisioterapia têm maior autonomia para direcionar a intensidade do tratamento.”
O Sistema de Suspensão para Treino Locomotor foi desenvolvido para atender às demandas da Apae, de acordo com reuniões, orientações e palestras dos profissionais da instituição, e está sendo utilizado pelos pacientes. “É uma sensação indescritível conseguir auxiliar pessoas necessitadas”, diz o estudante Ilson Terrão, que desenvolveu o equipamento como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). “Não tem dinheiro no mundo que pague ver uma mãe chegando até você para agradecer ao ver seu filho dar alguns passos.”
O aluno conta que está em contato com organizações não governamentais (ONGs) e com o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito) para viabilizar a produção do equipamento em escala suficiente para democratizar o acesso à tecnologia. Uma parceria com a empresa Concresteel, na qual Ilson trabalha, possibilitou a fabricação e doação do Sistema de Suspensão para Treino Locomotor para a Apae.
Tecnologia assistiva
– O contato entre a Fatec Tatuí e a Apae é constante, com diversos projetos desenvolvidos visando a atender a necessidades específicas. De acordo com a professora Patrícia Moreno, uma das responsáveis pelo diálogo com a instituição, além de uma sólida formação tecnológica, faz parte da cultura da faculdade motivar os estudantes para que intervenham positivamente na sociedade.“É um ajudando o outro. Precisamos de problemas que estimulem nossos alunos e a Apae está na busca de soluções. Temos uma preocupação muito grande em desenvolver a parte tecnológica sem perder de vista a formação do cidadão”, afirma Patrícia.
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial
Assessoria de Imprensa do Centro
Paula Souza
DOE – Seção I, p. II