Dia do Doador de Órgãos busca reconhecimento da importância do gesto

A Lei estadual 7.294/1991, declarou 6 de junho como o Dia do Doador de Órgãos em homenagem àqueles que ajudam a salvar vidas. Em 2019, São Paulo
foi a unidade federativa que mais realizou esse tipo de transplantes
no país, no entanto, o índice precisa aumentar. Dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostram que, entre janeiro e
março de 2020, o Estado teve 735 potenciais doadores, mas apenas 283 indivíduos efetivaram a contribuição.

A Alesp busca valorizar e incentivar as doações por meio de medidas
como o Projeto de Lei n° 119, de 2020, proposto pelo deputado Edmir Chedid (DEM) com o intuito de oferecer um desconto de 50% no Imposto
sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) às pessoas cadastradas
no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea.

A medida em tramitação no Parlamento paulista ainda prevê a isenção do imposto para quem realizar a doação. De acordo com o autor, trata-se de uma forma de “reconhecer e valorizar a atitude dos cidadãos que são doadores de medula óssea e, por meio desse comportamento exemplar e
desprovido de qualquer vaidade, possibilitam que inúmeras vidas sejam salvas”.

Em 2018, o PL 861/2016, de autoria do deputado Fernando Cury (Cidadania), se tornou a Lei n° 16.790/2018 que implementou o Sistema Paulista de
Cadastro e Doação de Medula Óssea, responsável por reunir as informações dos voluntários em um banco de dados único para otimizar as buscas por doadores compatíveis e dar início aos tratamentos de maneira mais eficaz.

Cury explica que a lei atua em três frentes principais, a “primeira consiste em aumentar o número de doadores; a segunda, conscientizar esses doadores do seu papel nessa corrente de amor e gesto de solidariedade
ao próximo, e, por fim, agilizar a identificação e localização do doador, acabando com a frustração e longa espera do paciente, que luta contra o tempo e, muitas vezes, não consegue encontrar alguém compatível”.

Como doar

É possível doar órgãos, como o coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim, e também tecidos, que incluem as córneas, medula óssea, ossos. A medula, o rim, parte do fígado e do pulmão, podem ser doados em vida. As doações
após a morte só acontecem com a autorização dos familiares. Portanto, é recomendado que o indivíduo mantenha a família ciente da opção.

BARBARA MOREIRA

www.al.sp.gov.br