DE BRASÍLIA
Impulsionada pelo aumento das receitas, a economia feita pelo governo federal para abater a dívida pública cresceu 31% no trimestre, para R$ 33,8 bilhões -valor recorde para o período e equivalente a mais de um terço da meta fixada para todo o ano.
No período as receitas do governo com arrecadação de tributos e também com dividendos e royalties cresceram 15% acima da inflação, enquanto as despesas tiveram uma elevação de 12%.
“Estamos continuando a tendência já demonstrada nos dois primeiros meses de um bom resultado fiscal e uma possibilidade bastante tranquila no cumprimento do primário do ano”, declarou o secretário do Tesouro, Arno Augustin.
Em março, contudo, o chamado superavit primário recuou 15,7% na comparação com o mesmo mês de 2011, somando R$ 7,6 bilhões.
O saldo de fevereiro foi garantido com uma arrecadação atípica de dividendos recolhidos das estatais.
JUROS
O governo anunciou em fevereiro deste ano um bloqueio de R$ 55 bilhões do Orçamento da União, em um esforço para garantir o cumprimento da meta fiscal e também abrir espaço para que o Banco Central reduza a taxa básica de juros.
Desde agosto do ano passado, a taxa Selic caiu 3,5 pontos, para 9% ao ano.
Os investimentos da União cresceram 23,5% no trimestre, alcançado R$ 15,7 bilhões, alavancados pelas despesas com o programa Minha Casa, Minha Vida.
Contudo, excluindo o programa federal -que até o ano passado era classificado pelo governo como subsídio, uma despesa de custeio-, o investimento caiu 8,6%.
“A tendência é de retomada de valores mais fortes”,, afirmou Augustin: “Em um primeiro momento é o Minha Casa, Minha Vida, um programa que teve continuidade. Os outros tiveram transição”.
Fonte: Folha de S.Paulo/Poder