‘Pôneiterapia’ traz alívio para crianças atendidas no Instituto de Tratamento do Câncer Infanto-juvenil

Saúde

Parceria com a Sociedade Hípica Paulista começou em 2021 e já beneficiou cerca de 137 pacientes

ter, 19/11/2024 – 18:29

A ‘pôneiterapia’ promovida no Instituto de Tratamento do Câncer Infantojuvenil (Itaci), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), é um convite à leveza e alegria na rotina das crianças que enfrentam o câncer. A unidade recebe, uma vez por mês, os pôneis Tico e Caramelo para interagirem com os pacientes, que brincam, penteiam e até montam nos animais, sob supervisão de profissionais da Sociedade Hípica Paulista.

Uma vez por mês, os pôneis Tico e Caramelo para interagirem com os pacientes no Itaci. Foto: Secretaria de Estado da Saúde de SP

Segundo os especialistas, os pôneis são levados ao Itaci para suavizar a rotina hospitalar, além de contribuir para minimizar o estresse e a ansiedade, principalmente, nas internações mais longas. A atividade também impacta no estreitamento da confiança, relacionamento interpessoal e coordenação motora das crianças.

A parceria entre a Fundação Criança – Itaci e a Sociedade Hípica Paulista começou em 2021, após a visita de um cavalo a uma criança que estava internada e não tinha ânimo para participar das atividades de reabilitação intra-hospitalar, e desde então já impactou cerca de 137 pacientes.

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“A pôneiterapia é um processo para ressignificar o contexto hospitalar para essas crianças. Percebemos que depois do encontro com esses pôneis, as crianças ficam mais felizes, elas entendem mais as restrições provocados pelo tratamento. E isso ajuda, também, na adesão delas e até no período que elas ficam aqui no hospital”, afirma Thaís Breternitz Lino, terapeuta ocupacional do Itaci.

Heloísa de 4 anos foi uma das pacientes que participou das atividades de reabilitação. Foto: Secretaria de Estado da Saúde de SP

Heloísa, de 4 anos, é uma das pacientes impactadas pela presença dos animais. A menina foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda com 1 ano e fez tratamento por dois anos.

“O primeiro contato da minha filha com os pôneis foi em 2022, em um dia de quimioterapia. Ela ficou muito feliz e eu senti uma melhora, porque despertou uma curiosidade e o contato deixou o dia mais leve”, conta a mãe, Priscila Aparecida Adão Santiago. Segundo ela, o período de tratamento é árduo e exige muito das crianças e, por isso, o contato com os animais traz leveza para os dias difíceis.

Atualmente, Heloísa está curada e a mãe é grata pela possibilidade de terapias alternativas durante do tratamento. “Foram dois anos muito difíceis, que pareciam que não íamos suportar. Momentos de muitas lágrimas, de desafios, mas graças à medicina, aos bons médicos e a esse hospital que abriu as portas para nos acolher, minha filha está curada”, comemora Priscila.