29 de novembro de 2013 | 2h 03
Apesar do preço relativamente alto (R$ 230 para o cartão integrado), a grande
maioria dos cadastrados no Bilhete Único Mensal ganha menos de dois salários
mínimos. Dados da São Paulo Transporte (SPTrans) mostram que 65% dos usuários
têm renda individual de até R$ 1.147 mensais. O novo cartão começa a funcionar
amanhã para quem se cadastrou até a semana passada.
Na hora da inscrição no site da SPTrans, os interessados podem preencher um
questionário socioeconômico. O Estado teve acesso ao perfil formado pelas
respostas a essas perguntas. Ao todo, 125.080 pessoas escreveram no formulário
virtual entre abril, quando o cadastro foi aberto, e a última segunda-feira. Já
o número de cadastrados até as 9h30 de ontem era de 153.267 passageiros.
A maior parte dos usuários do Bilhete Único Mensal (57%) é do sexo feminino.
Os jovens de até 24 anos representam 46% do total de inscritos para obter o
benefício (outros 38% têm entre 25 e 40) e 38,3% das pessoas que utilizarão o
cartão trabalham e estudam. As que só trabalham somam 29,5% e as que estão
apenas estudando chegam a um patamar próximo desse, de 29,4%.
Um terço dos cadastrados (33,3%) recebe até um salário mínimo. Isso significa
dizer que o Bilhete Único Mensal integrado (o único que permitirá viagens de
ônibus, metrô e trens por um preço fixo por mês), ao custo de R$ 230,
corresponderá a 34% de sua renda mensal. Na outra ponta, quem ganha acima de R$
9.263 (ou quase 14 salários mínimos) representa 0,5% de todos os interessados no
cartão, segundo as estatísticas da SPTrans.