RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO
O governo federal disse que o Campo de Marte, principal aeroporto executivo brasileiro, só será desativado quando houver alternativas para acomodar os voos que podem ser tirados de lá.
Conclusão: ainda levará alguns anos para que o aeroporto deixe de funcionar. O governo federal estima um prazo de dois a três anos.
A desativação, se levada adiante, seria no fim da gestão Fernando Haddad (PT).
O prefeito quer tirar os aviões do Campo de Marte para poder erguer prédios no entorno do aeroporto, na zona norte.
Hoje há limitação à altura dos edifícios para que os imóveis não interfiram na aproximação de aviões no local.
“Não é uma questão simples”, disse o ministro Moreira Franco (Aviação Civil), que se reuniu ontem com Haddad. “Precisamos abrir alternativas [de aeroportos].”
O setor de aviação geral e executiva também é contra a mudança, por considerar o aeroporto estratégico.
Das três alternativas listadas por ele, só uma está em vias de sair: o aeroporto privado Catarina, em São Roque, projeto da JHSF, previsto para operar em 2015.
O outro, um aeroporto também privado em Parelheiros (zona sul de São Paulo), foi vetado pela prefeitura por estar em área de manancial. Os empreendedores argumentam que o movimento do aeroporto será pequeno –e dizem que a obra é legal.
A terceira opção é um aeroporto em Caieiras, anunciado pela presidente Dilma Rousseff em dezembro, mas sem cronograma definido.
Folha de S. Paulo