Estado prevê 20 mil caminhões a menos na capital; Alckmin diz que concessionária será multada por demora
FELIPE SOUZA
DE SÃO PAULO
Com mais de um ano de atraso, a alça leste do Rodoanel terá seu último trecho aberto ao tráfego a partir deste sábado (27) –permitindo a ligação das rodovias Presidente Dutra e Ayrton Senna com Anchieta e Imigrantes.
O trecho de 5,5 km (entre Dutra e Ayrton Senna) inaugurado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) é um complemento da primeira etapa do Rodoanel Leste, que já tinha 38 km (entre Ayrton Senna e Anchieta) inaugurados em julho de 2014.
A previsão do Estado era que, com a alça leste completa, 20 mil caminhões deixariam de atravessar a capital paulista, o equivalente a 10% desse tráfego de passagem. Isso porque será facilitada a ligação de polos econômicos como Vale do Paraíba e porto de Santos.
Haverá quatro praças de pedágio nas saídas do Rodoanel Leste –a cobrança só deve começar em julho. O valor de referência no ano passado era de R$ 2,10, mas ele ainda deve ser atualizado.
A alça leste completa custou R$ 4,5 bilhões e deveria ter sido entregue em março de 2014. Alckmin disse que a concessionária SPMar, responsável pela obra, será multada pelo atraso. O valor é estimado em R$ 63 milhões.
O diretor-executivo da SPMar, Marcos Abreu Fonseca, disse que imprevistos e a complexidade da obra levaram ao atraso no cronograma, como uma grande rocha em um túnel na região de Itaquaquecetuba. A empresa diz que tentará evitar a punição.
Com a entrega da segunda parte do trecho leste, faltará apenas a conclusão da obra do trecho norte do Rodoanel, programada para 2017.
Ele seguirá da Dutra em direção à rodovia Fernão Dias e até a região da Bandeirantes, completando 181 km do anel viário em São Paulo.
Folha de S. Paulo