Dia Mundial do Doador de Sangue destaca a importância da doação voluntária

No dia 14 de junho é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data, determinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi instituída para,
além de incentivar a doação voluntária, divulgar o gesto que pode salvar vidas. No Estado de São Paulo também é realizada a campanha “Junho Vermelho”
como forma de estimular a doação de sangue, de acordo com a Lei 16.389 de 2017.

A transfusão de sangue pode ser necessária para pessoas que possuem doenças crônicas aves; pessoas que passam por intervenções médicas de grande porte e complexidade; pessoas em tratamento médico e também pessoas feridas em situações de urgência e calamidade. Uma única doação pode salvar até quatro vidas, por meio de um procedimento simples. Para doar basta ter de 16 a 69 anos (sendo de 16 a 18 anos mediante a autorização do responsável), possuir no mínimo 50kg e estar saudável. Homens podem doar até quatro vezes ao ano e mulheres podem doar até três vezes.

Jéssica Nogueira Gonçalves, 27, doa sangue desde os 18 anos e idade e revela que a sensação que tem ao realizar o gesto é a de uma super-heroína. “Eu passo aquele tempo pensando no quanto a doação é importante. Penso nas vidas que serão salvas e também questiono o porquê de tão poucas pessoas serem doadoras”, explica. Por fim, destaca que a decisão é fundamental, pois nunca se sabe quando alguém pode precisar do seu sangue. “O ais importante é o ato de salvar uma vida diretamente. A verdade é que tanto a gente como alguém que amamos pode mas não devemos esperar por isso para que a gente possa se
tornar um doador”, concluiu.

Do lado de quem precisa da contribuição solidária, também há uma série de dificuldades que estes podem passar. Pierre Cadu Santos, 23, conta que
precisou das transfusões por aproximadamente dois anos, até que pudesse receber o transplante de medula óssea e não depender mais delas. “Não precisar da doação de sangue é muito bom depois que já precisou um dia. Quando a gente vive saudável não dá valor a isso, e quando precisamos
percebemos a importância que tem. Também valorizamos mais aqueles que doam”,
afirma. Pierre explica que, no hospital onde foi atendido, era comum observar pacientes que precisavam receber sangue, mas não sabiam se seriam atendidos. “Eles não sabiam se sairiam do hospital melhor do que chegaram, ou se teriam que voltar para casa sem conseguir. Dependendo do nível de
gravidade, é muito difícil até mesmo esperar até o outro dia. Era difícil conviver com essa situação, mesmo não sendo comigo”, contou. Além disso,
destacou que já viu muitas campanhas a respeito, mas com poucas informações sobre os requisitos e procedimentos, o que dificulta a prática.

Legislação

Como um modo de estimular a contribuição por parte dos doadores, o Poder Legislativo tem atuado na questão. A lei 12.147 de 2005 é uma das que
se referem à prática. A norma determina que os doadores de sangue sejam isentos das taxas de inscrição de concursos públicos estaduais . Para que a pessoa possa usufruir do benefício é necessária a comprovação de no mínimo
três doações anuais.

Em trâmite na Assembleia Legislativa há projetos que abordam a temática. O Projeto de Lei 841/2017, do deputado Teonilio Barba (PT), cria o “Selo Empresa Solidária”. Ele é destinado às empresas que incentivam e viabilizam que seus funcionários possam doar sangue, medula óssea, órgãos e tecidos humanos. O parlamentar explica : “Precisamos da mobilização de todos para
salvar vidas, razão pela qual queremos incentivar e premiar as ações de empresas que mais se destacarem em campanhas destinadas à multiplicação
do número de doadores de sangue e medula óssea.” A proposta é discutida atualmente na Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento.

Outro projeto que aborda o assunto é o PL 744/2018, do deputado Marcos Damasio (PL). Nele é criada de modo permanente a campanha “Conscientização e Estímul à Doação de Sangue, Tecidos, Órgãos e outras Doações ara Fins Humanitários”. Em vigor, serão destinadas peças publicitárias e atividades de
incentivos para todas as idades. “Ao estimular que a doação e torne um hábito entre a sociedade também reduzimos a sobrecarga no sistema de saúde. As transfusões e doações contribuem para a melhoria do quadro geral do
paciente, ficando este menos pendente de internações e/ou intercorrências médicas”, esclarece. O projeto está pronto para ser votado em Plenário.

Confira na página 2 alguns endereços em que podem ser realizadas as doações.

www.al.sp.gov.br