03/12/2013–03h15
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE SÃO PAULO
O ministro da SAC (Secretaria de Aviação Civil), Moreira Franco, vai entregar à Prefeitura do Guarujá a outorga do aeroporto, que será reformado após ser privatizado, a exemplo do que já ocorreu com Cumbica (Guarulhos), o aeroporto de Brasília e o do Galeão, no Rio.
Segundo a SAC, Guarujá deve receber voos hoje dirigidos a Congonhas e Cumbica.
A base é localizada no distrito de Vicente de Carvalho.
As simulações realizadas pela prefeitura indicam que o aeroporto poderá receber uma média de até 21 voos diários e cerca de 500 mil passageiros por ano, em aeronaves de médio porte.
A transferência da outorga é o primeiro passo para a privatização. Depois, a prefeitura vai submeter o modelo de concessão à SAC e elaborar o edital de privatização.
O grupo que vencer a concorrência terá de investir entre R$ 85 milhões e R$ 100 milhões para construir um terminal, reformar a pista e modernizar os sistemas de sinalização e de drenagem. Também devem ser reorganizadas as vias de acesso ao local.
Segundo o diretor de Desenvolvimento Aeroportuário do Guarujá, Dário Lima, o edital de concessão deve ser lançado ainda em 2014.
A pista atual tem 1.390 metros, mas também deve ser ampliada em 210 metros.
Como terá caráter regional, o aeroporto vai realizar a ligação entre Guarujá e cidades intermediárias, como Campinas e Ribeirão Preto, e capitais do país.
Lima não quis estimar quando o aeroporto receberá os primeiros voos civis, mas, caso não haja percalços nos processos de licenciamento ambiental e de privatização, isso deve ocorrer até 2015.
“Hoje, com os sistemas de construção de terminais em módulos, as empresas privadas conseguem acelerar a obra. Será muito mais rápido.”
EMPRESAS
A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) vai entregar hoje à prefeitura as avaliações de demanda para o novo aeroporto.
Além do público mais óbvio, formado por veranistas, a associação estima que haverá usuários em busca de turismo de negócios, em conferências e outros eventos, e funcionários do complexo industrial da Baixada Santista.
“Esse aeroporto consolida a Baixada Santista em um outro patamar econômico. Para as companhias, ele é visto como um dos prioritários em todo o país”, afirma o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. (JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)