Agência suspende a venda de 65 planos de saúde com problemas
Pacotes de 16 operadoras não poderão ter novos contratos por 3 meses

DIANA BRITO
DO RIO

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) suspendeu a partir desta quinta-feira (13) a venda de 65 planos de saúde de 16 operadoras. O descumprimento de prazos de marcação de consultas e de cirurgias é o principal motivo da punição.

A ação é resultado do 11º ciclo do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento feito pela agência reguladora. Segundo a ANS, 586 mil consumidores que contrataram esses planos são beneficiados com a fiscalização. A medida valerá por pelo menos três meses, até a divulgação do próximo ciclo.

As operadoras que tiveram planos suspensos são: Unimed Paulistana (26), Viva (6), Caixa Seguradora (5), Unimed do ABC (4), Allianz (4), Biovida (4), Minas Center (3), União Hospitalar (3), Associação Auxiliadora das Classes Laboriosas (2), Plamed (2), Casa de Saúde S. Bernardo (1), Trasmontano (1), Coopus (1), Green Line (1), Santo André (1) e Unimed Itabuna (1).

Em nota, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), que responde por duas das 16 operadoras que tiveram a venda suspensa, disse que “a expressiva redução do número de operadoras com planos suspensos demonstra o empenho do setor em corrigir eventuais imperfeições no atendimento”. A Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) afirmou, em nota, que reconhece a importância da fiscalização da ANS e que o volume de reclamações caiu em relação ao período anterior –de 13.009 para 12.031, redução de 40%, segundo a ANS.

O 10º ciclo, divulgado em agosto, suspendeu 123 planos de saúde de 28 empresas. Das 16 operadoras com planos suspensos neste novo ciclo, 14 já haviam sido punidas em agosto. “Além de ter a comercialização suspensa, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 100 mil”, afirmou a agência reguladora.

Folha de S. Paulo