DE CAMPINAS
Surpreendidas pela seca, cidades da região de Campinas (a 93 km de São Paulo) querem adotar um sistema utilizado há anos no semiárido –as cisternas, reservatórios que captam e armazenam água da chuva nos telhados.
A proposta do Consórcio das Bacias dos Rios PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) –formado por 43 municípios e 27 empresas do interior de SP– é economizar e guardar o pouco de chuva que deve ser registrado até o início do período de seca, em abril.
No semiárido, as cisternas feitas com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social têm capacidade para 16 mil litros de água, usada para beber e cozinhar. Segundo a pasta, é o suficiente para cinco pessoas por oito meses.
“Na região de Campinas, a água pode ser usada para descarga e molhar plantas”, diz José Cezar Saad, coordenador de projetos do PCJ.
Na região metropolitana, 6 das 20 cidades enfrentam rodízio. Cerca de 1,1 milhão de pessoas são afetadas.
O modelo sugerido pelo consórcio tem valor unitário médio de R$ 1.000.
(VENCESLAU BORLINA FILHO)
Folha de S. Paulo