Os bancos de sangue passaram porcmomentos com estoques baixos nas últimas
semanas. Segundo o hematologista Dante Langhi, presidente da Associação
Brasileira de Hematologia, o isolamento social teve consequências em todos os segmentos. “Isso acontece também com a doação de sangue. As pessoas ficando em casa não vão aos serviços de hemoterapia para realizar a doação de sangue. Portanto, ocorre uma diminuição das doações e dos estoques de sangue”.
A Associação Brasileira de Hematologia, em conjunto com a Confederação
Brasileira de Futebol, elaborou um projeto para doação de sangue nos estádios de futebol. “Os estádios estão fechados atualmente, e são locais amplos, arejados. Poderiam ser realizadas coletas nesses locais a partir de agendamentos”. A coleta de sangue com agendamento evita a aglomeração
de pessoas nos locais de doação.
O hematologista comentou sobre a possibilidade de utilizar o plasma das
pessoas curadas pelo coronavírus. “Depois de 14 dias eles podem doar o plasma, porque esse plasma tem um alto título de anticorpos contra o vírus. Isso pode ser administrado aos pacientes graves”, afirmou.
Para Langhi, os doadores não precisam se preocupar com contágio do coronavírus. “A pessoas que estão colhendo sangue estão protegidas e, se protegendo, protegem também os doadores no sentido de evitar contaminação através do contato próximo”.
Para evitar aglomeração nos postos de coleta, o atendimento está sendo feito preferencialmente por agendamento, desde o último dia 20.
De acordo com a Fundação Pró-Sangue, o coronavírus não é transmitido
pela doação de sangue. Mesmo assim, é preciso evitar doar caso haja suspeita de contaminação, por uma questão cautelar.
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