Decreto estabelece diretrizes para construção de novo entreposto, em Perus
O prefeito Fernando Haddad assinou declaração de conformidade, que autoriza e estabelece as regras do projeto que será licenciado

O prefeito Fernando Haddad assinou nesta quarta-feira (28) o decreto que aprova o Projeto de Intervenção Urbana do Novo Entreposto de São Paulo (PIU-NESP). O documento também estabelece os parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo para as Zonas de Ocupação Especial (ZOE), localizadas no distrito de Perus, conforme o artigo 15 da Lei 16.402/2016 (Lei de Zoneamento). De acordo com a legislação, cerca de 40% da ZOE deve ser destinada à administração municipal, para a criação de áreas de preservação ambiental e equipamentos públicos.


O projeto prevê a saída da parte de atacado e logística da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), empresa vinculada ao governo federal, para um terreno localizado na zona norte da cidade.

“O que foi autorizado aqui é que o grupo apresente o projeto do novo entreposto, como condiz o que está previsto no Plano Diretor e na Lei de Zoneamento. Isso, a depender da União, vai liberar a área do atual entreposto [Ceagesp] para uma transformação”, explicou o prefeito.

De acordo com o decreto, toda parte de intervenções, fases de implantação, parâmetros urbanísticos, áreas de destinação pública e de preservação devem ser observados para a construção do novo equipamento. A divisão dos lotes deverá levar em consideração melhorias de drenagem e padrões de sustentabilidade.

De acordo com o cronograma previsto, no primeiro semestre de 2017 o grupo entregará o projeto para que no segundo semestre seja licenciado. As obras devem ser iniciadas em 2018. A migração dos comerciantes para o novo entreposto será pactuada com o governo federal.


Novo entreposto
O futuro entreposto é um empreendimento privado, que será construído em uma área particular estratégica. São 4 milhões de metros quadrados com acesso às rodovias Bandeirantes e Anhanguera, ao Rodoanel e à linha férrea da CPTM. A proposta para a construção foi apresentada em julho deste ano pela empresa Novo Entreposto São Paulo (NESP).

“Serão feitos convênios para que se mantenha a ordem do bom abastecimento. O entreposto tem uma importância não só para a cidade, como no estado de São Paulo e no Brasil. Ele é um grande centralizador e formador de preços”, afirmou o presidente do NESP, Sérgio Benassi.

Benefícios
Com o novo entreposto, a expectativa é que sejam criadas 30 mil novas vagas de trabalho na região de Perus. Ele também possibilitará a abertura de espaço para a requalificação da Vila Leopoldina e liberação da urbanização do Arco do Futuro.

Os atuais permissionários da CEAGESP, que hoje são locatários, podem se tornar proprietários dos boxes que serão ocupados. Além disso, eles poderão contar com um espaço mais moderno, informatizado, com maior mobilidade para a entrada de saída dos caminhões e com modelo de carga e descarga mais ágil.

“Eles passarão a oferecer um atendimento melhor, com uma logística de distribuição muito mais adequada, liberando a cidade para se desenvolver do ponto de vista urbanístico, reorientando o eixo de desenvolvimento da cidade na direção correta. É impecável”, disse Haddad sobre o projeto.

Vila Leopoldina
Após a transferência da Ceagesp, será possível dar andamento ao projeto do Arco Tietê, que prevê uma mudança urbana na região da Vila Leopoldina, levando desenvolvimento com novas moradias e empresas de tecnologia. Atualmente, o bairro é considerado o mais poluído da cidade, devido ao tráfego diário de aproximadamente 15 mil caminhões.

Para não afetar a qualidade de vida na região, todas as mudanças devem ser construídas junto com a população do bairro, por meio de audiências públicas, como determina a atual Lei de Zoneamento.

“O que o zoneamento fala é que toda e qualquer forma de ocupação que vier a acontecer no atual território do CEAGESP, para ser aprovado, deve ser submetido ao procedimento do PIU, que pressupõe debates e audiências públicas e legitimação por parte do poder público para garantir um processo participativo de construção coletiva do que de fato a cidade quer”, disse o secretário municipal de desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco.


Prefeitura de São Paulo


Secretaria Executiva de Comunicação – 28/12/2016