Decreto estadual que define educação como atividade essencial é tema da Tribuna Virtual
Deputados também comentaram sobre projeto de lei que autoriza compra de vacinas pelo Estado

O decreto que reconhece a educação como atividade essencial, o projeto de lei sobre a compra de vacinas e as ameaças contra o prefeito de Araraquara foram alguns dos assuntos tratados pelos deputados durante a Tribuna Virtual na tarde desta segunda-feira (29/3).

No último sábado (27/3) foi publicado o Decreto 65.597/2021, do Executivo, que determina que a educação, tanto da rede pública como privada, deve ser considerada como atividade essencial.

A medida foi criticada pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL). “O objetivo
desse decreto é contemplar os interesses dos privatistas da educação, dos donos das grandes escolas particulares”, disse.

Para Giannazi, no cenário atual da pandemia, “escolas abertas significam morte”. De acordo com ele, em três dias da semana passada, o Estado de São Paulo registrou mais de mil mortes diárias.

Por outro lado, durante a Tribuna Virtual, o deputado Wellington Moura (Republicanos) criticou a exclusão das igrejas como atividades essenciais. “Sou a favor que as igrejas possam ter cultos mesmo em tempos
de pandemia, pois elas têm respeitado todas as normas impostas pelo governo. Comerciantes estão falindo, pessoas estão desempregadas, desesperadas, pois nem mesmo o refúgio da sua alma, que é ir a uma
igreja, nem isso pode”, ressaltou.

Moura comunicou sua renúncia como vice-líder do governo. Ele elogiou a atuação do governo quanto à vacinação e afirmou respeitar o governador. “Porém quero deixar registrado que, ao mesmo tempo em que ele se importa tanto com a vida dos cidadãos, não tem se importado em ouvir o parlamento, ouvir os deputados estaduais”, afirmou o parlamentar.

PL sobre vacinas Encontra-se em tramitação na Casa o Projeto de Lei 108/2021, que autoriza a aquisição de vacinas pelo Estado. O autor do projeto, deputado Paulo Fiorilo (PT), afirmou que a proposta “pode
agilizar a quantidade de doses, fazendo com que possamos atingir o mais rápido possível um número elevado de pessoas vacinadas”. Na última quarta-feira (24/3), o projeto passou a tramitar em regime de urgência.

Fiorilo também comentou sobre a situação da cidade de Araraquara.
“Pasmem, o que acontece com o prefeito da cidade e a secretária da
Saúde? São ameaçados de morte. O remédio que Araraquara aplicou, o lockdown, deu resultado. Todos constataram isso”, disse o deputado.

Fiorilo afirmou que, enquanto a média diária de casos do novo coronavírus
no Estado aumentou 40%, em Araraquara caiu 58%. “Anteontem [sábado, 27/3] foi a primeira vez, em 44 dias, que a cidade não registrou morte pela
Covid-19”, declarou Fiorilo. “Se não salvarmos vidas, não haverá economia
para ser salva”, finalizou.

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