Estado de São Paulo conta com 228 pontos estratégicos de soro antiveneno
Publicado em 05/08/2025 – 15:12
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES‑SP) alerta a população para o aumento de acidentes com escorpiões e outros animais peçonhentos no território paulista. Até 5 de agosto, foram registradas 22.850 ocorrências envolvendo apenas escorpiões, resultando em um óbito.
Para dar transparência, a SES conta com o painel de monitoramento de acidentes por animais peçonhentos. A ferramenta permite que a população acompanhe, semanalmente, o número destas ocorrências por tipo de acidente, como serpentes, abelhas, escorpiões, entre outras. O painel está disponível em https://nies.saude.sp.gov.br/ses/publico/peconhentos.
O estado conta hoje com 228 Pontos Estratégicos de Soro Antiveneno (PESAs), distribuídos estrategicamente para reduzir o tempo entre a picada e o atendimento, especialmente no caso de crianças de até 10 anos. Esses locais estão preparados para tratar acidentes com animais peçonhentos e possuem soro antiescorpiônico.
Em caso de picada, a recomendação é procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima. Levar o animal ou uma foto pode ajudar na identificação, mas não é necessário capturá‑lo.
Acidente escorpiônico ou escorpionismo é o envenenamento causado pela picada de escorpião que injeta veneno por meio de um ferrão localizado na ponta da cauda.
O efeito da picada é imediato.
Após a picada, a recomendação é ir imediatamente ao hospital de referência mais próximo. Se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie, permitindo assim uma avaliação mais eficaz sobre a gravidade do acidente.
Vale lembrar que nem todo hospital ou unidade de saúde possui soro para acidentes com animais peçonhentos. Portanto, no Estado de São Paulo a Secretaria de Estado da Saúde dispõe de um painel interativo para que a população veja qual a unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) é referência para esse tipo de acidente em sua região. As informações ficam disponíveis em https://nies.saude.sp.gov.br/ses/publico/soro
Entre os sintomas mais comuns, há dor intensa no local da picada e agitação. Em quadros moderados, a vítima apresenta dor intensa, vômitos ocasionais, suor, agitação, aumento dos batimentos cardíacos e da respiração.
Já em quadros mais graves são caracterizados por suor e vômitos profusos, sonolência com agitação, tremores, aumento dos batimentos cardíacos e da respiração, salivação excessiva, hipotermia, convulsões, edema pulmonar, insuficiência cardíaca e choque, podendo levar à morte.
Crianças de até 10 anos.
Não. O ideal é lavar o local com água e sabão, aplicar compressa morna e evitar espremer, sugar ou fazer torniquete. Leve a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para receber atendimento adequado.
Geralmente, eles se escondem perto das casas, em terrenos baldios, velhas construções, entulhos, pilhas de madeira e lenha, tijolos, mato e lixo, além de saídas de esgoto, ralos, entre outros.
Dentro das casas, podem ser encontrados nos sapatos, nas roupas, caixas de brinquedo ou até em toalhas penduradas.
Escorpião Amarelo: corpo amarelo claro, com manchas escuras sobre o tronco e na parte inferior do 5º segmento da cauda, mede até 7 cm. Os 3° e 4° segmentos da cauda possuem serrilha. É o escorpião que causa acidentes de maior gravidade, podendo levar a óbito.
Escorpião Marrom: corpo marrom avermelhado escuro, quelíceras e pernas mais claras, com manchas escuras, e pode medir até 7 cm. Não possui serrilha na cauda. São menos numerosos que o escorpião amarelo, mas são igualmente perigosos.
Escorpião-amarelo-do-nordeste: mede entre 5 e 7 cm e possui coloração predominantemente amarela. Apresenta um triângulo escuro na região dorsal do cefalotórax e uma faixa escura central ao longo do dorso do tronco. No 3º e 4º segmentos da cauda, é possível observar uma serrilha dorsal, além de uma mancha escura no 5º segmento. Essa espécie é considerada perigosa devido à potência de seu veneno.