20 de novembro de 2013 | 16h 44
SÃO PAULO – O ensino técnico profissionalizante é uma prioridade imediata do governo, segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. “O mundo está em recessão, e reduzindo custos. Reduzindo especialmente o custo do trabalho. Nós estamos em pleno emprego, com uma das menores taxas de desemprego do mundo, aumentando salário real e isso só é sustentável se estudarmos para o trabalho”, disse. “O gargalo imediato que temos é a formação técnica profissionalizante.”
Desigualdade. Mercadante afirmou que houve no Brasil um processo de redução da desigualdade que ele considerou “espetacular”. Durante evento da série Fóruns Estadão Brasil Competitivo, em São Paulo, o ministro apresentou a evolução do índice de Gini e do Produto Interno Bruto (PIB) per capita no Brasil nos últimos anos. Mercadante destacou o impacto positivo do programa Bolsa Família. Segundo ele, o programa melhorou a cobertura de matrículas escolares e o desempenho acadêmico.
O ministro da Educação argumentou que o Brasil ainda precisa ampliar os investimentos em ensino. Ele afirmou que o País é o que mais aumentou verba para educação, citando estudos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Somos o maior país em investimento público em educação quando se olha a receita da União”, disse. Ainda assim, Mercadante afirmou que o investimento per capita é inferior ao de vários países da OCDE.
Mercadante defendeu a necessidade de acabar com a indicação política para cargos de gestão de educação no Brasil. “Tem de acabar no País a indicação política, não é possível que prefeito ache que tem de indicar alguém que seja amigo”, declarou. Ele criticou as greves de longa duração no setor educacional. “Professor não pode se vitimizar e ficar se queixando, porque aí todo ano faz greve de dois ou três meses e quem paga essa conta são as crianças”, acrescentou.