Chamado de “covidário” ou “gripário”, um setor do Hospital do Servidor
Públ ico Estadua l foi reservado para a recepção de pacientes com sintomas
de Covid-19. Essa foi a forma que o Comitê de Pandemia encontrou para
reduzir as contaminações no segundo maior hospital do Estado.
A medida foi tomada, entre outros motivos, para driblar a falta de
equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras, toucas, luvas e aventais impermeáveis. Desde o início da pandemia, o uso desses materiais está restrito às áreas mais críticas, deixando
desprotegidos muitos profissionais.
informação foi passada pela enfermeira Ana Cristina Manente, presidente da Associação dos Funcionários do Iamspe (Afiamspe), em live realizada
pelo deputado Carlos Giannazi e pelo vereador Celso Giannazi (ambos do
PSOL) na quinta-feira, 2/4. Para ela, um dos motivos para o desabastecimento é o fato do Iamspe estar vinculado à Secretaria de Governo, e não à da Saúde, desvio que também afeta a questão salarial. “Na Saúde, o prêmio de incentivo é de R$ 1.300, mas para os servidores do
Iamspe, a gratificação equivalente é de apenas R$ 600”, exemplificou, também denunciando a redução do adicional de insalubridade para algumas atividades (de 40% para 20%) e o atraso no pagamento da bonificação por resultados.
A enfermeira pede que os aplausos da população aos profissionais de saúde sejam feitos na forma de cobrança ao governo para o urgente fornecimento de EPIs. “As nossas vidas também estão em risco.”
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