IPCA de fevereiro fica em 0,69%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de fevereiro apresentou variação de 0,69% e ficou acima da taxa de 0,55% registrada no mês de janeiro em 0,14 ponto percentual. Nos dois primeiros meses do ano a variação situou-se em 1,24%, abaixo da taxa de 1,47% de igual período de 2013. Considerando os últimos doze meses o índice foi para 5,68% e ficou acima dos 5,59% relativos aos doze meses anteriores. Em fevereiro de 2013 a taxa foi de 0,60%.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco mostraram resultados superiores aos verificados no mês anterior.

O IPCA do mês concentrou o aumento das mensalidades dos colégios e, com isso, o grupo Educação, cuja alta atingiu 5,97%, foi responsável por 0,27 ponto percentual do índice. Esse resultado reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,64% e constituíram-se no item de maior impacto individual no mês, com 0,22 ponto percentual. À exceção de Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude da diferença da data de reajuste, nas demais regiões os cursos situaram-se entre os 3,45% registrados na região metropolitana de Porto Alegre e os 11,72% do Rio de Janeiro. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática etc.) a variação foi de 5,95%.

Os Artigos de Residência, que foram para 1,07% ante 0,49% em janeiro, merecem destaque. A maioria dos itens que compõem o grupo ficou acima de 1,00%, a saber: mobiliário (1,20%), cama e mesa e banho (1,33%), eletrodomésticos (1,78%) e consertos de equipamentos domésticos (1,37%).

No grupo Habitação, que passou de 0,55% em janeiro para 0,77% em fevereiro, as principais pressões foram exercidas pelo aluguel (1,20%) e condomínio (0,80%), além da mão-de-obra para pequenos reparos (0,99%) e da energia elétrica (0,63%). No caso da energia elétrica, observa-se que as contas ficaram mais caras em determinadas regiões, especialmente no Rio de Janeiro (3,55%) e Vitória (2,63%), consequência de aumento ocorrido na parcela relativa ao PIS/PASEP/COFINS.

Os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,48% em janeiro para 0,74% em fevereiro) e Comunicação (de 0,03% para 0,08%) também se apresentaram com resultados superiores aos do mês anterior.

Os quatro demais grupos mostraram redução no ritmo de crescimento de preços em relação a janeiro. Vestuário (de -0,15% para -0,40%) e Transporte (de -0,03% para -0,05%) apresentaram-se em queda, sobressaindo os artigos de vestuário, ainda em período de promoção no mercado. No Transporte, o item passagens aéreas teve queda de 20,55% e destacou-se por exercer o mais significativo impacto individual para baixo, com -0,12 ponto percentual. As tarifas dos ônibus interestaduais também caíram, foi -0,83%. Por outro lado, ocorreu aumento no item ônibus urbano, cujas tarifas tiveram variação de 1,29%, exclusivamente em função da região metropolitana do Rio de Janeiro (6,18%), cujas tarifas passaram a custar 9,00% a mais, em média, a partir do dia 08 de fevereiro. Subiram, também, em 0,53%, as tarifas dos ônibus intermunicipais em vista de variações ocorridas em Vitória (4,25%), Porto Alegre (4,56%) e Goiânia (1,67%). A respeito dos combustíveis, enquanto os preços do litro do etanol se elevaram em 1,87%, a gasolina ficou relativamente estável em 0,04%.

Nas Despesas Pessoais, apesar da alta de 1,40% no item empregados domésticos, a variação do grupo ficou em 0,69%, bem menos do que a taxa de 1,72% do mês anterior. Isto porque os recentes reajustes nos preços dos cigarros já foram incorporados na totalidade e a variação desacelerou para -0,06% em fevereiro enquanto havia sido registrada alta de 7,79% em janeiro.

Da mesma forma, Alimentação e Bebidas mostrou desaceleração ao passar de 0,84% para 0,56% de um mês para o outro. Isto em decorrência dos preços dos alimentos comprados para serem consumidos em casa, que subiram bem menos. Foram para uma variação de 0,22% ao passo que no mês anterior atingiram 0,90% de alta. Alguns, como o leite longa vida, cujos preços caíram 3,65%, passaram a custar menos.

Mas teve alimento que ficou bem mais caro, principalmente aqueles cujas lavouras foram prejudicadas por problemas climáticos, como seca e chuva intensa.

A alimentação fora de casa também passou a custar mais do que em janeiro. A alta foi de 1,21%, com aumentos expressivos nos seguintes itens: refeição (1,20%), lanche (1,35%), café da manhã (2,14%), refrigerante (0,87%), cafezinho (2,01%) e cerveja (1,23%).

Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (1,07%) onde o aluguel residencial apresentou alta de 2,77%, empregado doméstico 2,85% e energia elétrica 3,55%. A alta da energia elétrica foi decorrente do aumento nas alíquotas de PIS/PASEP/COFINS. Os ônibus urbano (6,18%) e intermunicipais (1,16%) também pressionaram o resultado da região, refletindo os reajustes de 9,00% no ônibus urbano em vigor a partir de 8 de fevereiro e 5,77% no intermunicipal, concedido em 13 de janeiro. O menor índice foi o de Brasília (-0,12%) em virtude da queda de 28,38% nos preços das passagens aéreas, que com peso de 2,57%, causaram impacto de -0,73 ponto percentual.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de dezembro de 2013 a 29 de janeiro de 2014 (base).

INPC variou 0,64% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,64% em fevereiro e ficou próximo do resultado de 0,63% de janeiro. Nos dois primeiros meses do ano a variação situou-se em 1,27% abaixo da taxa de 1,44% de igual período de 2013. Considerando os últimos doze meses o índice ficou em 5,38%, acima da taxa de 5,26%, dos doze meses anteriores. Em fevereiro de 2013 o INPC foi de 0,52%.

Os produtos alimentícios aumentaram 0,39% em fevereiro, enquanto os não alimentícios ficaram com 0,75%. Em janeiro, os resultados haviam sido 0,86% e 0,53%, respectivamente.

Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (1,31%) onde o aluguel residencial apresentou alta de 2,77% e energia elétrica (3,68%). A alta da energia elétrica foi decorrente do aumento nas alíquotas de PIS/PASEP/COFINS. Os ônibus urbano (6,18%) e intermunicipais (1,16%) também pressionaram o resultado da região, refletindo os reajustes de 9,00% no ônibus urbano em vigor a partir de 8 de fevereiro e 5,77% no intermunicipal, concedido em 13 de janeiro. O menor índice foi o de Brasília (0,17%) em virtude da queda de 28,38% nos preços das passagens aéreas, que com peso de 0,66%, causaram impacto de -0,19 ponto percentual. Além da queda de 1,31% nas tarifas de energia elétrica tendo em vista redução nas alíquotas de PIS/PASEP/COFINS.

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de dezembro de 2013 a 29 de janeiro de 2014 (base).

Comunicação Social
12 de março de 2014

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