O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de março apresentou variação de 0,92% e ficou acima da taxa de 0,69% registrada no mês de fevereiro em 0,23 ponto percentual. Constituiu-se na maior taxa referente a março desde 2003, quando o IPCA atingiu 1,23%. Com isto, o primeiro trimestre deste ano ficou com variação de 2,18%, acima da taxa de 1,94% de igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses o índice foi para 6,15% e ficou acima dos 5,68% relativos aos doze meses anteriores. Em março de 2013 a taxa foi de 0,47%.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.
Sozinho, o grupo Alimentação e Bebidas, que atingiu alta de 1,92% e deteve 0,47 ponto percentual (p.p.) de impacto, foi responsável por 51% do IPCA do mês. Acrescentando o Transporte, com alta de 1,38% e impacto de 0,26 p.p., estes dois grupos somam 0,73 p.p. e explicam 79% do índice.
No grupo Alimentação e Bebidas (de 0,56% em fevereiro para 1,92% em março), considerando os alimentos consumidos em casa, o aumento foi de 2,43%. Algumas regiões foram mais sensíveis à alta, como Porto Alegre, onde os preços dos alimentos chegaram a aumentar 4,21% em março. Em seguida vieram Campo Grande, com 3,74%, Curitiba, com 3,52%, e Rio de Janeiro, com 3,26%. Já as regiões metropolitanas de Recife (0,99%) e Belém (0,78%) tiveram os mais baixos crescimentos de preços nos alimentos consumidos em casa do período. Quanto à alimentação fora de casa, a alta foi de 0,96%.
Em consequência da seca que atingiu as lavouras de alguns estados e prejudicou a oferta de alimentos, produtos importantes na mesa do consumidor tiveram fortes aumentos nos preços, a exemplo do tomate, que ficou 32,85% mais caro.
Em relação ao grupo Transportes (de -0,05% em fevereiro para 1,38% em março), o destaque ficou com as passagens aéreas, que subiram para 26,49% contra -20,55% em fevereiro. Com 0,12 ponto percentual, as passagens aéreas ficaram com a liderança no ranking dos principais impactos no IPCA do mês. Sobressaíram, no grupo, o etanol, que teve alta de 4,07%, com reflexo sobre a gasolina, que subiu 0,67%. Houve destaque, ainda, para o automóvel novo e usado, ambos, com 0,78%, conserto de automóvel, que subiu 0,90% e ônibus urbano, com 0,60%. No caso dos ônibus urbanos, refletiu a variação de 2,74% apropriada no Rio de Janeiro em decorrência do reajuste de 9,00% em vigor desde 08 de fevereiro.
Além dos alimentos e dos transportes, os grupos Vestuário (de -0,40% para 0,31%) e Despesas Pessoais (de 0,69% para 0,79%) mostraram crescimento nas taxas de fevereiro para março. Já os demais cinco grupos pesquisados ficaram abaixo dos resultados registrados no mês anterior.
Nas despesas com Habitação (de 0,77% em fevereiro para 0,33% em março), destaca-se a influência da conta de energia elétrica, cuja queda de 0,87% refletiu a redução no PIS/PASEP/COFINS ocorrido em parte das regiões pesquisadas. Nos Artigos de Residência (de 1,07% para 0,38%) tanto o item eletrodomésticos (-0,34) quanto TV e Som (-0,31%) se mostraram em queda. Em Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,74% para 0,43%) foram os remédios (-0,08%) que vieram com sinal de queda, enquanto no grupo Comunicação (de 0,14% para -1,26%) foi a conta de telefonia fixa, que ficou mais barata em 4,44% refletindo a redução média de 18% ocorrida nas tarifas de fixo para móvel a partir de 27 de fevereiro.
Quanto ao grupo Educação (de 5,97% em fevereiro para 0,53% em março), enquanto havia pressionado fortemente o IPCA de fevereiro, teve impacto bem mais leve em março, expressando, basicamente, reajustes ocorridos nos cursos regulares na região metropolitana de Fortaleza (7,53%).
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (1,92%) em virtude da alta de 51,65% nas tarifas das passagens aéreas, que com peso de 1,84%, causou impacto de 0,95 ponto percentual. Os menores índices foram os de Recife (0,52%) e Belém (0,53%), onde os alimentos consumidos em casa apresentaram variações de 0,99% e 0,78%, respectivamente, bem abaixo da média nacional (2,43%).
INPC variou 0,82% em março
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,82% em março e ficou acima do resultado de 0,64% de fevereiro em 0,18 ponto percentual. No primeiro trimestre do ano a variação situou-se em 2,10%, acima da taxa de 2,05% de igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses o índice ficou em 5,62%, acima da taxa de 5,39% dos 12 meses anteriores. Em março de 2013 o INPC foi de 0,60%.
Os produtos alimentícios aumentaram 1,88% em março, enquanto os não alimentícios ficaram com 0,37%. Em fevereiro, os resultados haviam sido 0,39% e 0,75%, respectivamente.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (1,38%) em virtude da alta de 51,65% nas tarifas das passagens aéreas, que com peso de 0,47%, causou impacto de 0,24 ponto percentual. O menor índice foi o de Belém (0,45%), onde os alimentos consumidos em casa apresentaram variação de 0,80%, bem abaixo da média nacional (2,27%).
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