No terceiro mês do ano acontece a campanha Março Roxo, que busca
conscientizar a sociedade sobre a epilepsia e desmitificar preconceitos
contra pessoas acometidas pela doença.
Na Assembleia Legislativa de São Paulo, está pronto para ser votado o
Projeto de Lei 564/2018, de autoria coletiva, que cria a Política Pública
Estadual de Proteção, Inclusão e Acompanhamento Educacional dos Alunos
com Epilepsia.
A proposta visa dar igualdade de oportunidade no acesso ao ensino dos
estudantes diagnosticados com a doença, com a promoção de um ambiente
inclusivo e acolhedor.
O texto ainda garante acesso a mecanismos e ferramentas para ensinar os
funcionários e os outros alunos a como reagir a uma possível crise, além de criar material de cunho educativo para combater a estigmatização em relação à epilepsia.
Segundo os autores do projeto, o conhecimento sobre a patologia pode
gerar um efeito multiplicador e conscientizador. “O conhecimento sobre
a doença é indispensável para que as escolas possam oferecer o amparo necessário aos alunos com epilepsia em qualquer idade, independentemente
do tipo de crise. Tratar inadequadamente uma criança ou jovem durante
uma crise epiléptica pode ser causa de negligência, maus tratos, bullying, além de possibilitar a disseminação do preconceito e estigma”.
Quando identificado um possível sinal da enfermidade, o profissional da
educação deverá encaminhar o estudante para o devido atendimento médico.
O 1° secretário da Alesp, Luiz Fernando, pediu que o Palácio 9 de Julho
receba iluminação roxa durante o mês de março.
Segundo o parlamentar, este pedido foi motivado “pela necessidade de chamar a atenção da sociedade para que conheçam a doença, seus efeitos e quebrar o tabu”. “A epilepsia está no meio de nós e tanto as pessoas quanto o poder público discutem pouco o tema”, afirmou.
O deputado ainda é autor da Lei 17215/2019, que instituiu o Dia Roxo,
comemorado anualmente no dia 26 de março.
Luiz Fernando ainda é líder da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Epilepsia. Ele afirma que, apesar da doença não ser considerada uma deficiência, um paciente sofre preconceito similar.
A Doença
A epilepsia atinge cerca de 1% da sociedade brasileira, de acordo com o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e se caracteriza por causar crises epiléticas, convulsões e até disfunções no corpo.
Na maioria das vezes, os pacientes já nascem com a enfermidade, apesar de
ser possível contraí-la durante a vida por conta de batidas na cabeça.
O diagnóstico pode ser feito por um estudo do histórico familiar do paciente ou pela recorrência de uma crise epilética em um curto espaço de tempo.
Dois a cada três pacientes conseguem ter uma vida normal se tomar a medicação corretamente. O restante é mais resistente ao tratamento, portanto deve evitar situações de risco como dirigir ou mergulhar.
As crises epiléticas podem ser causadas por algum sintoma anterior, como o estresse, falta de sono e o ciclo menstrual para as mulheres.
www.al.sp.gov.br