Médico sanitarista, Emílio Ribas também participou da criação do Instituto Butantan
Nascido em Pindamonhangaba, profissional se formou em medicina no Rio de Janeiro

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas tem esse nome em homenagem ao médico sanitarista Emílio Marcondes Ribas, considerado uma referência na
medicina brasileira por seus estudos e experimentos científicos, sobretudo relacionados à doenças infecciosas.

Natural de Pindamonhangaba, Emílio nasceu em 11 de abril de 1862. Após a conclusão do curso de medicina em 1887, cursado no Rio de Janeiro, o médico voltou à terra dos Bandeirantes, onde iniciou sua carreira de clínico.

Em 1895 foi nomeado inspetor sanitário e, três anos depois, assumiu a direção do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo, cargo que exerceu por quase duas décadas. Ao longo desses anos, dedicou-se à modernização
da estrutura sanitária paulista e lutou pelo combate, com sucesso, de diversas epidemias.

Emílio Ribas foi um dos responsáveis pela criação do Instituto Butantan em 1899, cuja trajetória converge com a atuação do Legislativo paulista
e será abordada mais adiante em outra reportagem.

Já conhecido pelo seu trabalho em prol da saúde pública, o médico paulista ganhou notoriedade no meio científico ao ser um dos primeiros
a defender a teoria de que a transmissão da febre amarela, que abatia a população mundial no final do século 19 e início do século 20, ocorria através de mosquitos.

Para comprovar seu ponto de vista, juntamente com o médico Adolpho Lutz, Emílio se expôs aos insetos infectados. Além da febre amarela, ele também
dedicou sua vida ao estudo de outras enfermidades, como a tuberculose e a hanseníase, por exemplo, vindo a falecer em São Paulo em 19 de dezembro
de 1925.

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