DE SÃO PAULO
A editora L&PM promete para junho ou julho “Jack Kerouac e Allen Ginsberg: as Cartas”, correspondência entre dois expoentes da geração beat lançada nos EUA em 2010, organizada por Bill Morgan e David Stanford.
De acordo com o tradutor para o português, Eduardo Pinheiro de Souza, as cartas revelam a influência que um amigo exercia sobre o outro.
“Ver ‘Uivo’ e ‘On the Road’ nascendo das tensões pessoais deles, e o grande esforço que Ginsberg em especial fez para vê-los todos (ele mesmo, Burroughs, Corso, Kerouac) publicados é comovente.”
A Novo Século programa lançar em abril “Mente Espontânea”, reunião de grandes entrevistas dadas pelo poeta, com prefácio de Václav Havel e introdução de Edmund White.
A tradução foi dividida entre Eclair Antônio Almeida Filho, Dirlen Loyolla e Ana Vazquez, com revisão de Cláudio Willer.
Segundo Eclair Filho, um dos grandes momentos do livro é a transcrição de uma entrevista de rádio ao vivo durante a qual Ginsberg é informado da morte de Ezra Pound (1885-1972) e passa então a celebrar o poeta americano.
Na introdução, Václav Havel, o político e dramaturgo tcheco morto no ano passado, lembra da amizade e elogia a sofisticação intelectual de Ginsberg.
Tradutor e estudioso de Ginsberg e dos beats, o poeta Cláudio Willer festeja as novidades. “Diziam que a geração beat era algo circunstancial. O interesse crescente em torno deles prova o contrário.”
(FV)
Fonte: Folha de S.Paulo. Ilustrada