DE SÃO PAULO
A Prefeitura de São Paulo vai testar em quatro bairros um novo sistema de coleta de lixo. Em vez de deixar os resíduos na frente de casa, os moradores farão o depósito em contêineres de plástico instalados a, no máximo, 60 metros das residências.
No sistema chamado de coleta mecanizada, quando o contêiner enche, um caminhão com uma espécie de guindaste puxa o reservatório, despejando o lixo dentro da caçamba. Em seguida, o devolve para a rua.
O primeiro teste foi feito em 2012, quando os reservatórios foram instalados nos Jardins (zona oeste). Nos próximos dias, vão receber os equipamentos ruas do Butantã, Pinheiros (zona oeste), Penha (leste) e Jardim Miriam (sul).
As mudanças fazem parte do contrato assinado em 2004 com as concessionárias Loga –responsável por 13 subprefeituras da cidade– e Ecourbis, que tem a concessão de outras 18 regiões. A instalação dos contêineres terá que ser feita até 2024, ano do fim dos contratos.
Segundo o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, a Loga terá que instalar mais de 6.000 contêineres, com capacidade total para 19,5 mil m³. Cada reservatório têm capacidade de 3,2 m³.
Já a Ecourbis terá que instalar contêineres com capacidade total de 15,4 mil m³.
“Se a cidade está crescendo, não faz sentido manter só caminhões de lixo, pois uma hora não vão caber mais caminhões nas ruas. O contêiner é uma alternativa”, disse.
A experiência vai medir o impacto da mudança nos bairros e a aceitação dos moradores. Haverá testes também com contêineres enterrados, como já existem em condomínios populares de Parada de Taipas (zona norte) e no Jaguaré (zona oeste).
Especialistas em limpeza urbana dizem que os contêineres funcionam dependendo da frequência com que a coleta é feita.
A Loga informou que apenas 12% das regiões sob responsabilidade da empresa terão o novo método de coleta até o fim do contrato.
Coletores de lixo ouvidos pela reportagem temem perder seus empregos, pois bastará um funcionário para operar o caminhão, sem uma equipe para coletar o lixo das casas. O secretário disse que as empresas se comprometeram a realocar funcionários das áreas onde haverá contêineres.
(GIBA BERGAMIN JR.)
Folha de S. Paulo