O programa Em Discussão, exibido em 17/2 pela TV Alesp, abordou a falta de segurança nas escolas. Indagado pelo repórter Guga Mendonça, Carlos Giannazi (PSOL) afirmou que a questão não pode ser abordada de forma isolada. “A escola é um espelho da sociedade, que está cada vez mais violenta.”
Feita a ressalva, o líder do PSOL ponderou que esse desequilíbrio social é potencializado pela falta de investimento na educação, em especial em seus recursos humanos. “São raríssimas as escolas com o quadro completo. Não há mais inspetores de alunos, e o governo não chama os agentes de organização aprovados em concurso.” Também houve corte no número de professores mediadores, cuja função é dirimir conflitos, e no programa Escola da Família, que abre as instalações para atividades culturais e esportivas aos fins de semana.
Com relação ao aplicativo desenvolvido pela startup de Renato Cascardi, que permite, por exemplo, a realização de chamada eletrônica, com a notificação instantânea dos pais dos ausentes, Giannazi afirmou que a tecnologia pode, sim, potencializar ações. “Mas não adianta comunicar os pais se a própria família estiver desestruturada”, observou.
Para Giannazi, a mudança só virá com a gestão democrática das escolas e com a adoção de um processo pedagógico que, desde a primeira infância, ensine tolerância, respeito e liberdade. Além disso deve ser sempre garantida a gestão democrática, envolvendo a sociedade por meio dos conselhos de escola, dos grêmios estudantis e das APMs.