Propostas de SP para equacionar crise hídrica somam R$ 3,5 bilhões

BRASÍLIA – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apresentou ao governo federal uma proposta de oito obras de curto e médio prazo para melhorar o problema de água enfrentado pelo Estado.

A informação foi divulgada pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, após reunião de Alckmin com a presidente Dilma Rousseff. As obras somam R$ 3,5 bilhões, de acordo com a ministra.

A politização do assunto ficou clara nas “alfinetadas” da ministra ao governo do Estado, do PSDB.

Miriam disse que Alckmin nunca havia apresentado as obras necessárias ao governo federal e que faltou ao governador indicar obras “estruturantes” de longo prazo.

A ministra disse ainda que alguns dos projetos já constam em um plano metropolitano e seriam feitas com recursos do governo federal e que o plano, finalizado em 2013, “deveria ter sido feito antes”.

“A presidente fez uma série de perguntas a respeito das funções dessas obras e estabeleceu-se uma reunião técnica na próxima segunda-feira, onde o Estado vai apresentar com maior detalhamento cada um dos projetos”, afirmou.

De acordo com a ministra, a presidente viu “com bons olhos” o conjunto das obras, mas vai bater o martelo sobre o que será ajudado após as análises técnicas.

“O governo está muito preocupado com a situação de São Paulo. A presidenta perguntou se não é o caso de fazer estudo de viabilidade e projetos para essas obras estruturantes. [Alckmin] respondeu que é uma boa ideia”, afirmou.

Miriam disse ainda que não foi discutido de onde viriam os recursos para as obras paulistas – se de uma linha de financiamento do BNDES ou do Orçamento da União, por exemplo – o que será feito na reunião marcada para a próxima semana.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelo governo federal em relação aos gastos públicos, que o obrigará a rever a meta de superávit fiscal deste ano, a ministra disse que há espaço para ajudar o Estado de São Paulo, já que investimentos não foram e não serão cortados.

“Uma parte dessas obras sequer projeto têm, o desembolso não é de curtíssimo prazo. Independentemente de qual seja a necessidade de segurar gastos, certamente pouparemos, como temos poupado nos últimos anos, os gastos e despesas com investimentos”, afirmou. “A despeito desse momento difícil, os investimentos serão preservados e a situação de São Paulo é grave o bastante”.

Segundo documento da Agência Nacional de Águas (ANA) distribuído após a entrevista, entre os empreendimentos propostos pelo governo de São Paulo estão obras de interligação do Jaguari ao Atibainha, barragem Pedreira e Duas Pontes e a interligação do rio Pequeno com a represa Billings (reservatório Rio Grande).

(Lorenna Rodrigues e Bruno Peres | Valor)

BRASÍLIA – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apresentou ao governo federal uma proposta de oito obras de curto e médio prazo para melhorar o problema de água enfrentado pelo Estado.

A informação foi divulgada pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, após reunião de Alckmin com a presidente Dilma Rousseff. As obras somam R$ 3,5 bilhões, de acordo com a ministra.

A politização do assunto ficou clara nas “alfinetadas” da ministra ao governo do Estado, do PSDB.

Miriam disse que Alckmin nunca havia apresentado as obras necessárias ao governo federal e que faltou ao governador indicar obras “estruturantes” de longo prazo.

A ministra disse ainda que alguns dos projetos já constam em um plano metropolitano e seriam feitas com recursos do governo federal e que o plano, finalizado em 2013, “deveria ter sido feito antes”.

“A presidente fez uma série de perguntas a respeito das funções dessas obras e estabeleceu-se uma reunião técnica na próxima segunda-feira, onde o Estado vai apresentar com maior detalhamento cada um dos projetos”, afirmou.

De acordo com a ministra, a presidente viu “com bons olhos” o conjunto das obras, mas vai bater o martelo sobre o que será ajudado após as análises técnicas.

“O governo está muito preocupado com a situação de São Paulo. A presidenta perguntou se não é o caso de fazer estudo de viabilidade e projetos para essas obras estruturantes. [Alckmin] respondeu que é uma boa ideia”, afirmou.

Miriam disse ainda que não foi discutido de onde viriam os recursos para as obras paulistas – se de uma linha de financiamento do BNDES ou do Orçamento da União, por exemplo – o que será feito na reunião marcada para a próxima semana.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelo governo federal em relação aos gastos públicos, que o obrigará a rever a meta de superávit fiscal deste ano, a ministra disse que há espaço para ajudar o Estado de São Paulo, já que investimentos não foram e não serão cortados.

“Uma parte dessas obras sequer projeto têm, o desembolso não é de curtíssimo prazo. Independentemente de qual seja a necessidade de segurar gastos, certamente pouparemos, como temos poupado nos últimos anos, os gastos e despesas com investimentos”, afirmou. “A despeito desse momento difícil, os investimentos serão preservados e a situação de São Paulo é grave o bastante”.

Segundo documento da Agência Nacional de Águas (ANA) distribuído após a entrevista, entre os empreendimentos propostos pelo governo de São Paulo estão obras de interligação do Jaguari ao Atibainha, barragem Pedreira e Duas Pontes e a interligação do rio Pequeno com a represa Billings (reservatório Rio Grande).

(Lorenna Rodrigues e Bruno Peres | Valor)

Valor Econômico