LUCAS SAMPAIO
DE CAMPINAS
Quase 2.000 pessoas estiveram ontem na Unicamp, em Campinas (SP), atraídas pela chance de fazer gratuitamente uma cirurgia de redução do estômago.
O procedimento é feito por médicos do Hospital de Clínicas da universidade, após longo processo de seleção.
São pelo menos dois anos e meio de espera entre cadastro, seleção, acompanhamento e cirurgia, segundo o médico Elinton Admi Chaim, responsável pelas cirurgias bariátricas.
A procura cresce ano a ano. Na seleção anterior, em outubro, houve 800 cadastrados. Ontem, compareceram quase 2.000 pessoas, de todas as regiões do país.
Segundo Chaim, a operação deve ser o último recurso na luta contra a balança.
A seleção da Unicamp é voltada apenas para casos mais graves, de pessoas que têm obesidade mórbida há mais de dois anos.
Os candidatos devem ter mais de 16 anos e passar por uma série de recomendações médicas no processo, que inclui a perda de pelo menos 10% do peso atual, para reduzir o risco de complicações que podem levar à morte.
Segundo Chaim, dos que procuram a universidade, entre 50% e 80% têm indicação de cirurgia. Os cadastros serão analisados e todos os candidatos, convocados para avaliações e orientações.
Ao cumprir todos os requisitos para entrar na fila de espera pela cirurgia de redução do estômago, o paciente aguarda entre três e seis meses até ser operado.
Folha de S. Paulo