O último lote remanescente de defensivos agrícolas de uso proibido no Estado de São Paulo, inclusive o BHC – hexaclorobenzeno, considerado altamente poluente e nocivo à saúde humana –, foi incinerado no mês de agosto. O trabalho foi realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), para promover a correta destinação de produtos prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente. Com a colaboração de 327 agricultores, que declararam a existência de cerca de 300 toneladas de defensivos ainda armazenados em suas propriedades, todo o volume foi identificado pela equipe da secretaria. O material foi recolhido e transportado por meio do inpEV, com o monitoramento dos trabalhos efetuados pela Cetesb. O engenheiro agrônomo Mário Sérgio Tomazela, coordenador adjunto da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, da SAA, conta que o BHC chegou ao Brasil por volta de 1930 e era considerado a salvação para os produtores que sofriam na época com uma praga denominada broca-do-café. “Com o avanço da tecnologia, ele se tornou obsoleto e foi retirado do mercado”, explica Tomazela. O uso do BHC está proibido em todo o território nacional desde 1985, pois sua composição é altamente nociva ao ser humano, podendo causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central. Muitos produtores mantinham estoques ou embalagens antigas em suas propriedades, pois não sabiam como descartá-los corretamente. Regina Amábile Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial DOE – Seção I, p. I