Semana de Incentivo à Doação de Órgãos pede declaração do desejo em vida
As famílias são responsáveis por autorizar a ação e devem estar conscientes

Criada há 12 anos, a Semana de Incentivo à Doação de Órgãos para
Transplantes estabelece que o Estado ofereça eventos e informações para
conscientizar o cidadão paulista da necessidade de revelar, em vida, a intenção de ser doador, afinal a ação só pode ser efetivada com liberação da família. Conforme prevê a Lei 13.034/2008, a campanha é realizada na semana do dia 27 de setembro.

Segundo o Ministério da Saúde, apenas 36,8% dos potenciais doadores do Estado concretizaram o ato em 2018, taxa semelhante à de negativas
familiares, que, apesar da redução, atingiu 36%. Visando avançar neste
sentido, complementa a legislação estadual a Lei 15.463/2014 que, por
iniciativa do deputado Gilmaci Santos (Republicanos), instituiu o “Setembro Verde” como mês da doação de órgãos em São Paulo. Gilmaci ressalta a dificuldade que permeia o período da decisão, mas avalia: “temos que conscientizar para que mais famílias entendam que, em um momento de perda familiar, podem estar salvando outras pessoas”.

O deputado Coronel Nishikawa (PSL) também propôs, através do Projeto de Lei 1.154/2019, que campanhas para doações de órgãos, sangue e medula
sejam um dever das concessionárias de transportes públicos, pois, na avaliação do parlamentar, muitos cidadãos ainda desconhecem a possibilidade. “Estimulamos campanhas para a divulgação desse tipo de atitude para que pessoas se conscientizem que podem salvar vidas”, afirmou.

Órgãos e tecidos podem ser reaproveitados quando há morte encefálica ou, apenas os tecidos, se o falecimento decorrer de parada cardíaca. Em vida,
é possível doar um rim, parte do fígado, do pulmão ou da medula óssea.

www.al.sp.gov.br