Av. Paulista ganhará radares e terá máxima reduzida de 60 km/h para 50 km/h, afima secretário Jilmar Tatto
DE SÃO PAULO
Ruas e avenidas do centro de São Paulo terão limite de velocidade de 40 km/h ainda neste ano, segundo o secretário Jilmar Tatto (Transportes).
A ideia é estabelecer a mudança depois do fim da implantação das faixas de ônibus na chamada Rótula Central, área delimitada por avenidas como Ipiranga, São Luís e Senador Queiroz.
Em algumas dessas vias, o limite de velocidade cairá de 60 km/h para 50 km/h. Já no interior da área, afirmou Tatto, ele será de 40 km/h.
O plano não foi detalhado, mas a maioria das vias atingidas já tem limite menor.
Há margem para redução em trechos de vias como a Nove de Julho, São João e Prestes Maia, onde hoje o máximo é 60 km/h.
Um dos objetivos da diminuição é ampliar a segurança de ciclistas, diz o secretário.
Ele afirma que a redução do limite de 60 km/h para 50 km/h na av. Paulista também deve começar neste ano. A fiscalização será feita com a implantação de novos radares.
“Nós vamos ampliar os radares, não só na Paulista, mas na cidade inteira. Ele serve tanto em relação à velocidade, como ao rodízio, a invasão da faixa. Serve para tudo.”
De acordo com o secretário, essa ampliação ocorrerá com aditivos nos contratos de fiscalização, mas ele não informou prazos. O mesmo expediente será usado para a instalação de 200 radares nas faixas exclusivas de ônibus.
Inicialmente, a intenção da pasta era reformar todo o parque de radares com uma licitação única. A previsão era que ela estivesse concluída em agosto, mas o processo foi paralisado pelo Tribunal de Contas do Município.
TÁXI
Tatto disse ontem que estuda a proibição da circulação de táxis nos corredores de ônibus, que, ao contrário das faixas, ficam à esquerda.
Hoje os táxis são proibidos nas faixas, mas autorizados em nove corredores, desde que tenham passageiro.
Operadores e técnicos da SPTrans (empresa que gerencia o transporte) dizem que os táxis prejudicam os ônibus. Na hora de pico, até 300 táxis chegam a usar o corredor da Rebouças, por exemplo.
“Há um estudo de 2011 feito pela SPTrans que já apontava que realmente atrapalha a operação dos ônibus a entrada do táxi”, disse Tatto.
Apesar desse estudo, a gestão Gilberto Kassab (PSD) decidiu manter a autorização. Tatto disse que o novo levantamento é amplo e que ainda não há decisão sobre o veto.
Ontem, o Ministério Público enviou ofício ao secretário solicitando estudos sobre o impacto dos táxis nos corredores de ônibus.
(ANDRÉ MONTEIRO)
Folha de S. Paulo